Semana da Acessibilidade Surda

Neste sábado, dia 21 de setembro, será celebrado o “Dia Nacional de luta das pessoas com Deficiência” e a semana que sucede é comemorada A Semana da Acessibilidade Surda. Este dia foi formalizado em 2005 através da Lei nº 11133/05, pois já era comemorado desde 1982. A escolha da data aconteceu devido à entrada da primavera que é conhecida pela chegada das flores, a ideia é que o dia seja lembrado como o dia da renovação das lutas e empoderamento das Pessoas com Deficiência bem como garantir a sua integralização com a sociedade.
A Lei 13146/15, em seu artigo segundo, vem elucidar o termo “Pessoa com Deficiência” que significa “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.  Essa lei também foi uma grande vitória, pois ela garante que seja crime "praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência, assim como abandonar pessoas com deficiência em hospitais, casas de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres, apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com deficiência e reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio eletrônico ou documento de pessoa com deficiência destinada ao recebimento de benefícios, proventos, pensões ou remuneração ou à realização de operações financeiras com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem".

Por mais que no século atual tenhamos mais inclusão e aceitação da diversidade humana, ainda há muita segregação entre a comunidade surda e ouvinte em nosso país. Denominamos surdos àqueles que possuem deficiência auditiva e ouvintes àqueles que não possuem a deficiência auditiva.
Das diversas dificuldades enfrentadas desde a infância, a principal é o problema de socialização encontrado dentro até da própria casa em alguns casos por despreparo dos pais que não tem conhecimento sobre a surdez.

Para se comunicar, os surdos utilizam o seu próprio sistema: a Língua Brasileira de Sinais, onde usam sinais para representar cada palavra. No caso de não haver um sinal específico, eles possuem um alfabeto chamado datilologia, onde soletram o nome do objeto que não possui sinal. Veja ao lado:

Contudo, nos dias atuais e com o avanço tecnológico, podemos superar essas barreiras com o uso da internet e aplicativos que nos auxiliam de forma a impedir e diminuir essa separação que há entre ouvintes e deficientes auditivos.
Um ótimo aplicativo é o "HandTalk" onde você escreve o que quer dizer ao surdo e ele traduz direto para LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através de um avatar digital, o que facilita a comunicação. Mas mesmo assim ainda não é suficiente para uma inclusão adequada dessas pessoas. Melhores atitudes seriam:
  • Em espaços públicos – Sinalização adequada;
  • Sinalização deve ser clara e intuitiva, fazendo uso de pictogramas;
  • No caso de alarmes ou chamada de senhas, precisam ser também visuais ou vibratórios, não devem ser exclusivamente sonoros;
  • Fazer uso das tecnologias através de SMS, Tablets (ipad) e e-mails, por exemplo, para pedidos em farmácias, pizzarias, restaurantes e solicitação de serviços em hotéis;
  • Para filmes (inclusive nacionais) e programas de televisão, é necessária a legenda ou closed caption em tamanho de fonte adequado;
  • Para vídeos/filmes (por exemplo institucionais e informativos) é recomendado o intérprete de Libras, além da legenda;
  • Folhetos impressos escritos com a programação, instruções e regras facilitam a comunicação;
  • Informações escritas devem ser simples e claras, em português claro, sem palavras muito difíceis e, se possível, com desenhos ou fotos ilustrativas (cardápios, por exemplo);
  • Para eventos com intérprete de Libras: local adequado para colocação do intérprete, de modo que o surdo possa visualizar o intérprete e o que está acontecendo no evento.
E em clima de inclusão e representatividade, nossa escola não está de fora. Nossos alunos do Ensino Médio possuem seu próprio clube de LIBRAS, onde aprendem a gramática e sinais da segunda língua oficial do país.
Compilado por: Gilberto Coutinho.

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